segunda-feira, 6 de setembro de 2010

AG #5 - Conversation shift

Desde o tempo de Oreskes e o seu estudo que falava numa certeza absoluta na ciência, ou desde as afirmações de Al Gore nas quais "o debate acabou", que muita coisa aconteceu. Hoje, depois de uma luta aguerrida na blogosfera, de todas as gaffes e escândalos cometidos pelo status quo, e depois de uma mais subtil mas permanente chamada à razão para o debate público do aquecimento global, parece-me que a discussão entra num outro patamar, onde o histerismo não tem lugar e uma conversa racional sobre o que realmente sabemos, o que não sabemos, as incertezas e as questões lógicas, filosóficas, políticas, etc. ganham toda a sua matiz desde o cinza mais claro ao cinza mais escuro, deixando o negro e o branco puros para uma era menos madura.

Não sei se é uma tendência para o futuro. Pode apenas revelar uma facção activista ferida e ensanguentada pelos confrontos, descansando ou preparando um novo ímpeto polarizante.

O que sei é que, por enquanto, a questão climática está a ser discutida de um modo mais adulto. Gostei, entre outras coisas, de ouvir o tom desta reportagem da BBC, Uncertain Climate, do repórter Roger Harrabin. Duas partes em 30 minutos cada.

A ouvir.

15 comentários:

  1. uma hora ora seu barbas tem de ficar para a noite

    Sabe-se que hoje, infelizmente, o currículo assenta mais na pretensa qualidade das revistas do que na qualidade dos trabalhos publicados, e a nossa tendência de provincianos é para glorificarmos o estrangeiro. Muitas vezes ele dizia que, se um trabalho é bom, mesmo redigido na nossa língua, ultrapassa as fronteiras, pois os interessados o mandam traduzir

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  2. Bom, estás à vontade para incluir um link com uma reportagem portuguesa que não seja propaganda sobre o assunto ;)

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  3. não me referia a isso e sim às fontes que vocês citam
    o Mat's com o Platypus decalcam estrangeirismos
    e depois purgam quem discorre
    pela forma dos textos

    e a geração tua é uma geração de expatriados
    portanto todas as gerações portuguesas são globais os que cá ficam são o funcionalismo público e a gleba


    aqui é o mesmo, alguns podem ter bom raciocínio lógico, mas não são aceites na comunidade científica porque são corpos estranhos nela

    ou considerados menores
    há uns anos o Magueijo ou o Motl eram miudos com teorias esquisitas, arrivistas
    hoje têm aceitação

    e perdi uma hora com os koisos
    tem bons pontos

    mas estamos em Setembro a área da antiga estalinegrado continua a arder
    e volga acima não vai melhor

    o balanço hidrológico russo vai caindo no paquistão

    torrentes de lama caem de montanhas deflorestadas

    o sul da china perdeu 1 megaton de arroz com estas chuvas de 120 a 200 mm num dia

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  4. ou seja são muitos factores anómalos este ano

    é o ano de todas as anomalias frias e quentes

    duas frias nos invernos europeu e sul-americano
    7 milhões de km2 e 6,2 milhões

    uma anomalia na russia central e urais com 5 megas que dura desde julho agora mais atenuada

    mas a precipitação caiu a pique

    idem no Amazonas ultrapassou os limites todos excepto a década de 40

    eu tenho esperanças desde miúdo de ver um ano
    de viragem
    sempre fui catastrofista desde os 6
    não houve guerra nuclear
    as fomes dos anos 80 não se repetiram
    (só em pequena escala)
    o exterminador implacável chegou-me em forma de thoshiba e durou umas semanas
    depois apareceu em acer e está-me a consumir tempo a mais

    e o aquecimento global, ahn

    é a minha fé....eu tenho direito ao meu aquecimento global

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  5. http://paleomammiferi.blogspot.com/search/label/Paleocene

    alguns dos links são livres e interessantes
    para download's

    http://www.lpi.usra.edu/publications/books/CB-954/CB-954.intro.html

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  6. Curiosamente, o Motl odeia o Magueijo...

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  7. sim eu sei
    e eu nunca gostei muito do magueijo não é por ser convencido....despreza alguns...é a atitude
    não é por ser uma prima dona
    alterou-se depois de alcançar notariedade
    é o síndroma do catedrático em potencial...

    paternalismo quase....pois pois ouço-te mas não te vejo e vice-versa
    é uma opinião pode ser preconceito
    da minha parte
    boas nôtes vô jantar

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  8. Acho que é mais porque a teoria do Magueijo é completamente idiota. Nunca arrancou da primeira mudança, foi logo abaixo. Mas teve logo direito ao livro e ao documentário cá na terriola, porque ao menos, estava a dizer barbaridades em Cambridge...

    Atenção... eu próprio não tenho qualquer opinião sobre as façanhas do mestre, e invejo-lhe a carreira.

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  9. teorias idiotas...tambem eram a mecânica quântica

    deus não joga aos dados....e coisas similares

    e hoje é aceite

    por isso...

    cambridge é muito húmido....

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  10. Exacto, por isso não me pronuncio. A ideia de que é "idiota" é do Lubos, que tem 100 vezes mais capacidade crítica do que eu nessa temática. Já não estudo física fundamental desde o tempo das Olimpíadas nacionais... já lá vai tempo...

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  11. ah é verdade havia olímpiadas de Matemática e fisica durante os tempos da geração rasca

    sim é a ideia dele e de muitos mais
    no entanto o outro também tem os seus apoiantes

    todos especialistas...não sei, um dos paradigmas prevalecerá coexistências não duram muito
    e o portuga tem muito menos suporte
    é como o seu AGA ou AGW

    por falar em prevalecer flash floods este começo de semana com 200 mm e 335 mm máx em 24 horas

    dispersos por vários continentes e paquistão incluido
    só os russos andam excluidos da chuva

    tem sido um ano peculiar

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  12. de resto esta é uma época com uma abundância de
    cosnogonias
    quase similar à da antiguidade clássica

    e tal como a AGA cada uma com a sua corte de microfisicos e partículas master's

    logo em 50 anos
    algumas prevalecerão

    ou serão absorvidas por outras
    como a vossa preciosa selecção natural

    devem ser os últimos darwinistas vivos
    até os neodarwinistas já usam termos mais modernaços

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