terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Aterações Climáticas #2: outra vez o SS
O primeiro é um ponto mais geral, no qual não é só o site que erra, mas muita blogosfera por aí, incluíndo muita gente "céptica", que é a binarização da questão. Levando a questão ao nível de seriedade desta gente, seríamos obrigados a aceitar que a questão abrangente sobre as políticas ambientais se resumem a uma questão binária, ou há aquecimento global antropogénico ou não. Se há, devemos adoptar toda a agenda ambientalista (e seremos "negacionistas" se o não fizermos), se chegarmos à conclusão que não há é porque somos fundamentalmente parvos criacionistas, etc.
Isto é um empobrecimento e uma chantagem intelectual inaceitável. Existem imensas cadeias de raciocínio nas quais posso estar perfeitamente de acordo nalgum ou noutro ponto, mas não em todos. Por exemplo, concordar com a evidência geral de que alteramos o clima não implica necessariamente concordar com a análise mais alarmista da mesma. Concordar com a existência de possibilidades alarmantes pode resultar numa ideia precaucionária, ou por outro lado na conclusão de que sabemos demasiado pouco. Concordar com uma ideia precaucionária pode ou não resultar em diferentes ideias políticas, diferentes estratégias económicas ou até de recursos naturais. Esta diversidade na planície de possibilidades intelectuais é uma coisa que o movimento ambientalista despreza, porque considera que é um desperdício de tempo, ou até uma estratégia deliberada para adiar medidas que tanto promovem.
Neste sentido, o "cepticismo" climático acontece em vários terrenos bem diferentes, enquanto que sites como este promovem a ideia de que o que está em causa é a ciência básica, a questão binária de se estamos ou não a "alterar o clima", como se a resposta a esta questão fosse a última relevante. Não é.
O segundo é mais estúpido e mesquinho da minha parte. Não é propriamente um erro. Mas gostei de reparar que das dez "evidências" das alterações climáticas, 4 são evidências sobre o aumento de CO2 na atmosfera, 2 sobre o efeito básico de estufa do CO2 e apenas os outros 4 são sobre consequências indirectas do CO2 na atmosfera. Todos estes pontos são mostrados apenas binariamente (positivo/negativo). E depois não há sequer referência a evidências empíricas que contrariam a tese. É assim que se distingue um panfleto propagandístico de um artigo "céptico"...
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Alterações Climáticas #1
Climate models have to be tested to find out if they work. We can’t wait for 30 years to see if a model is any good or not; models are tested against the past, against what we know happened. If a model can correctly predict trends from a starting point somewhere in the past, we could expect it to predict with reasonable certainty what might happen in the future.
So all models are first tested in a process called Hindcasting. The models used to predict future global warming can accurately map past climate changes. If they get the past right, there is no reason to think their predictions would be wrong. Testing models against the existing instrumental record suggested CO2 must cause global warming, because the models could not simulate what had already happened unless the extra CO2 was added to the model. Nothing else could account for the rise in temperatures over the last century.