domingo, 11 de julho de 2010

Propósito

Criei outro blogue. Enfim, até parece que não tenho mais que fazer! A verdade é que o meu outro blog, o monstro das pipocas, não é a minha casa, totalmente. E às vezes quero encher a coisa de escrita. Dizer da minha justiça aquilo que eu acho que está errado no ponto de vista das outras pessoas. É uma pequena obsessão minha: acho que muita gente está simplesmente errada, e não só isso, está a pensar de modo errado. Não que não sejam inteligentes e não estejam certos sobre tantas outras coisas, muito mais do que eu. Nada disso. Mas de vez em quando erram.

Nota. Isto não é soberba da minha parte, apenas provocação. Obviamente que não penso ter a verdade absoluta a meu lado, e é até sobre essa matéria que gostaria de encher algumas linhas sobre isto. É sobretudo uma certa raiva que se me apodera por, nalguns temas tão, supostamente, importantes, haver uma certa dislexia do pensar, que porventura é facilitada por um certo laxismo da soberba de quem pensa advogar uma verdade inegável e indubitável. Pois talvez sejam verdades assim, mas isto não é desculpa para deixarmos de ser rigorosos no pensamento.

Tenho essa paixão pelo rigor do pensamento. Coisa que me levou a levar a sério a proposição religiosa a certo ponto da minha vida, por exemplo. É uma paixão que me leva a descobrir novas coisas e novos pensamentos. Mas não deixa de ser um hobby, pelo menos nesta fase da minha vida. É uma brincadeira, um jogo. E eu adordo jogos. Por outro lado, não tenho grande paciència para levar a coisa demasiado longe. Tenho uma certa obsessão em não ficar obcecado por coisa nenhuma.

No fundo, será um blog que pouca leitura alheia terá. Porventura será apenas um lugar para eu mais tarde rever (o quanto mudei entretanto), por outro lado um lugar para eu acertar e colocar no papel (virtual) as ideias soltas que aparecem no meu cérebro em reacção a coisas soltas que visiono na internet.

Sobre os assuntos, há vários. Interessa-me o futuro. Desde que soube que iria ser pai que este tem sido um tema no qual me tenho obcecado. Lembro-me perfeitamente do pânico do peak oil (em 2006-2007), das primeiras previsões da derrocada da economia (ainda em 2007), de questões mais metafísicas e filosóficas, da tecnologia, do aquecimento global e do fenómeno da computação/internet.

Todo o meu percurso cerebral nestes temas seguiu uma linha quase lógica. Entre o pânico de 2006 e uma certa esperança que foi surgindo ao me acercar do modo como este pânico é criado e fomentado, ou seja, apercebendo-me como é possível enganar-mo-nos tão facilmente em previsões sobre o futuro em determinados campos mais.... não lineares, comecei por ganhar uma maior esperança sobre o futuro, por um lado, e um grande cepticismo por alguma ciência e história, por outro lado.

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