domingo, 10 de outubro de 2010

Mitchell Heisman #3

Mitchell Heisman 2


Já algures na página 750 da nota de suicídio do jovem Heisman que se suicidou dia 18 de setembro, 2010, mais um pequeno resumo, ou melhor, o que retiro, o que ainda me lembro de uma leitura muito fragmentada (para quando a compra de um e-reader ou um iPad para melhor ler este tipo de textos?).

Teorias interessantes. Continuando na senda da última posta, fala de como o Hitlerismo tem um princípio genético, onde a finalidade da existência humana é propagar os melhores genes, os do povo escolhido (Ariano). De como nunca poderia existir dois povos escolhidos (Ariano e Judaico), e de como os judeus têm uma ideologia totalmente diferente da nazi, onde o que interessa não é a questão genética, mas a questão memética. A ideia anti-genética de que o que interessa não é a côr da pele mas sim o carácter da pessoa. Hitler disse que o comunismo era o filho bastardo do cristianismo e que só poderiam os dois ter sido inventados por judeus.

Esta génese do liberalismo, do humanismo enquanto reflexão da tradição cristã céptica e questionante, entra em confronto com o vazio do racionalismo quando levado à sua finalidade total, segundo a intuição genial de Nietzsche que descobriu que todo o movimento racionalista continha em si uma semente de irracionalidade gerada pela cultura judaico-cristã. Quando se questiona esta semente, a posição de Martin Luther King deixa de ser óbvia. Hitler não tinha razão, a sua razão, através da sua racionalidade? O perigo do relativismo total e do nihilismo.... Nietzsche tinha avisado que seria preciso passar pelo nihilismo para compreendermos o seu erro. Daqui nasce Auschwitz.

E o SonderKommando. A lógica do Sonderkommando era simples. Judeus escolhidos para indicarem o caminho a outros judeus para serem gaseados. Tinham de mentir e depois de despojar os seus corpos. Se o não fizessem, seriam mortos, e desta maneira uma selecção artificial garantiria a existência deste tipo de judeus egoístas que preferiam condenar a sua "alma" do que a sua fisicalidade nas portas do inferno do Zykon B. Heisman faz a comparação psicológica entre a lógica judaica e a nazi. O nazi deixa o trabalho sujo para o sonderkommando, o nazi escolhe o sonderkommando através da selecção natural, pervertendo a lógica judaica do valor de cada ser humano contra o próprio povo que a defende. O holocausto é a resposta nazi à ideia anti-natural de deus e do humanismo.

Abre-se de seguida um capítulo que narra a história paralela entre o confronto milenar na grã-bretanha e a guerra civil americana. Segundo o autor, a conquista bem sucedida pela Normanda da Inglaterra em 1066, na qual oblitera toda a aristocracia inglesa e a substitui pelo povo normando, cria uma lógica de senhores - escravos que divide uma nação durante séculos, que está na origem das ideias liberais e igualitárias na grã-bretanha. Estas ideias apenas se concretizam na América que, mesmo depois da Constituição estar escrita, ainda se aceita a escravatura. A contradição inerente na constituição americana só é resolvida na guerra civil, onde a aristocracia do sul (muitos deles filhos de normandos) se bateu contra os anglo-saxões (ingleses "escravos" na Inglaterra) que tomaram o lado dos negros, pois neles se reviram contra a arrogância elitista genética dos sulistas.

5 comentários:

  1. em 1066, na qual oblitera toda a aristocracia inglesa.....que parvoíce o meu lord e lord da I.C.I. em 10% e da Blom and Voss em 15%
    ainda tinha na sua quase pura linhagem os antepassados saxões que ficaram como nobres de 2º plano (o meu era só um baronete)para manter
    a conquista mais dócil
    os normandos eram espertos
    fizeram o que o Vasco tentou e não conseguiu na Índia
    casamentos mistos

    e nem comento a lógica do Sonderkommando
    que é a lógica de qualquer prisão e de qualquer
    país
    há sempre quem queira sobreviver e viver melhor

    à custa do próprio povo

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  2. 10 10 10

    continuo tão preocupado com o sonderkomando português que me ofereceram trabalho durante uns meses

    e a apatia falou mais alto

    eu não queria mas se calhar vou ajudar o sonderkomando irlandês a liquidar coisas
    a favor dos ingleses e alemães

    nunca viveu lá fora seu barbas

    é frio e frias são as gentes para os emigrantes

    e quando voltamos frios são os nossos

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  3. Apenas estou a fazer um resumo da tese dele, bora rat. Podes ter toda a razão no que toca a 1066, lerei um pouco mais sobre o assunto.

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  4. onde a aristocracia do sul (muitos deles filhos de normandos)....uns milhares de conquistadores normandos conquistaram um milhão
    de celtas anglos saxões e restantes
    a aristocracia do sul tinha de tudo e muitos eram descendentes das colónias prisionais
    logo oriundos inicialmente não da nobreza inglesa mas de outro tipo de nobreza
    dos pick pockets de Dickens às Molly Flanders

    o problema não é o resumo
    é essa salganhada de conceitos alienígenas

    mas cada qual é livre de por
    o que quiser
    inclusive um vídeo da análise sociológica do aquecedor mais ou menos global

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  5. A tese está muito bem defendida documentalmente. A influência de 1066 na revolução americana está também bastante bem defendida, sendo que os próprios pensadores da revolução na altura falavam precisamente dessa "injustiça" que se deveria repôr.

    Eu aceito a tese, pois as evidências que mostra são bastantes, e faz algum sentido. Se quiseres mostrar em como é que o Heisman está errado, podes fazê-lo à vontade.

    É necessário perceber que não é importante a linhagem genética em si, mas a mitologia da linhagem genética, ou seja, a ideia da divisão genética entre a população submetida por actos violentíssimos por um corpo a ele estranho genetica e culturalmente.

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